sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Escolhas...

Dificilmente paramos para pensar no quanto nossa vida pode ser descrita apenas fazendo um aparato das escolhas que fizemos enquanto vivemos. Não percebemos que o modo como estamos agora é reflexo direto de decisões que tomamos em algum momento de nossa vida. Por mais que possamos abstrair conceitos ou pensar em idéias, são as escolhas concretas que tomamos em frente a determinada realidade que determinam o rumo da nossa vida. Muito embora deva admitir que o meio em que vivemos e as nossas necessidades influenciem a escolha que tomamos, não seria nenhum exagero admitir que somos um reflexo das nossas decisões, e a única forma de analisarmos quem somos é analisarmos a história que construímos com nossas atitudes.

Tomando isso por base podemos nos perguntar: que tipos de escolha tomar? O que fazer frente a determinada situação? Por que decidir pelo caminho A em detrimento do caminho B? Em ultima análise, quando nos perguntamos o que devemos escolher, na verdade estamos nos perguntando que tipo de vida queremos construir. Através nossas escolhas, decidimos se faremos a diferença sou se apenas viveremos vegetativamente, esperando a hora da morte chegar. Com nossas escolhas ficam os nossos legados que, inseridos na história, podem mostrar quem realmente somos, o que queremos que as pessoas vejam na gente, qual a marca que deixaremos no mundo.

O mundo moderno é paradoxal quanto a isso pois na medida em que nos oferece diversas opções de escolha em todos os sentidos, desde que carro comprar, que faculdade fazer, com qual garota(o) se relacionar, ele ao mesmo tempo nos aliena no sentido de não nos preparar, ou não nos mostrar, que as escolhas que fazemos geram conseqüências para nossas vidas e para a vida das pessoas que nos rodeiam.  No mundo contemporâneo queremos escolher tudo, mas não queremos assumir a escolha de nada. Isso, na verdade, significa nada escolher, pois na medida em que não queremos assumir as conseqüências da escolha, passamos a deixar de vivê-la em sua plenitude. Somos como hipócritas que formalmente dizemos viver de determinada forma não a vivemos em caráter substancial.

Nossa história não está pré-definida, mas é um como um livro a ser escrito, como um prédio em construção. Como o prédio que será construído, nossas escolhas precisam estar fundamentadas em um bom alicerce. Como no livro que será escrito, precisa ser pautada por boas idéias e reflexão sobre as implicações que essas escolhas terão.

Que possamos ser sábios o bastante para escolher aquilo que for melhor para nós e para o mundo em que vivemos. E que possamos viver de verdade nossas escolhas. Se fizermos isso, no momento de nossa morte poderemos ver quem realmente somos.

Um comentário:

  1. Benção de tópico !
    Estive pensando sobre isso esses dias mesmo...

    "Pensamentos geram escolhas, escolhas levam a atitudes, e atitudes definem seu DESTINO !"

    (fazendo referência a Gálatas 6:6-7)

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